Publicado por: unisis | maio 27, 2011

Desenvolver aplicativos é ótima opção

Renato Arradi, gerente sênior de Marketing de Produtos da Motorola: com popularização dos smartphones, demanda é maior por aplicativos

Renato Arradi, gerente sênior de Marketing de Produtos da Motorola: com popularização dos smartphones, demanda é maior por aplicativos

SÃO PAULO – Que tal tentar carreira em uma área relativamente nova e com ótimas perspectivas de crescimento? É o caso do mercado de aplicativos móveis.

Segundo pesquisa da consultoria alemã Research2Guidance, especializada em TI e indústrias emergentes, entre 2011 e 2013 o setor deve crescer 800% em todo o mundo.

O estudo atribui esse enorme boom do segmento ao aumento global do uso de smartphones, baseados em plataformas que distribuem aplicativos por meio de App Stores. E a boa notícia é que no Brasil o cenário é igualmente favorável.

Aplicativos de games seguem fazendo sucesso, mas há muitos outros conteúdos sendo desenvolvidas com igual potencial.

“O mais legal é que é um mercado totalmente novo, acessível a qualquer pessoa. Antigamente, para montar aplicação tinha que ter empresa, parceria etc. Hoje, um desenvolvedor adolescente cria apps e oferece no mundo inteiro”, afirma Renato Arradi, gerente sênior de Marketing de Produtos da Motorola, que está de olho nesse nicho de mercado.

A empresa realiza na próxima segunda, 16, o Motodev App Summit, evento voltado para desenvolvedores de aplicativos. A ideia é que em um dia os participantes, em geral jovens desenvolvedores e empreendedores (inscrições já encerradas) tenham acesso a dicas sobre como alavancar suas carreiras.

Para tanto, será fornecido treinamento gratuito, além de orientação para que os presentes possam viabilizar o “go to market” de seus aplicativos móveis, sobretudo aqueles baseados na plataforma Android, que é aquela adotada pela fabricante.

Perfil

Em geral, desenvolvedores não encontram dificuldade para encontrar trabalho na área.

Isto porque as exigências dos empregadores ficam restritas à capacidade de execução prática dos projetos. Nem curso superior é considerado fundamental. Basta saber fazer.

É o que acontece, por exemplo, na FingerTips, empresa sediada em São Paulo, especializada no desenvolvimento de aplicativos móveis, sobretudo para iPhone e iPad. Cerca de 80% das ferramentas produzidas são para esses produtos da Apple. A outra parte envolve a promissora plataforma Android, do Google.

Seu dono, Breno Masi, não só diz que não se importa com diploma de nível superior em curso de TI quando contrata um funcionário para o seu negócio, como também não incentiva que os seus atuais colaboradores invistam nesse tipo de formação convencional.

“Quando eles [desenvolvedores que trabalham na empresa] me perguntam se precisam fazer faculdade, eu digo que podem fazer, mas os oriento a procurarem uma área diferente, como Matemática, Física, Meteorologia, Economia ou Administração de Empresas. Com essas formações, desenvolverão raciocínio, lógica etc.”.

Para Masi, não basta o candidato dizer que se formou na universidade em um curso de tecnologia. É preciso comprovar o conhecimento. “O mais importante é o portfólio. É o que o mercado valoriza, verdadeiramente. Não adianta dizer que conhece e que estudou nessa ou naquela universidade. Precisa é ter aplicativos publicados, comprovar iniciativas importantes”, recomenda.

“A melhor forma de conseguir emprego é mostrando que sabe fazer. Eu vejo na Apple Store um trabalho publicado, convido o autor para almoçar e faço a proposta para trabalhar conosco. Eu nem pergunto de curso superior. Pelo nível do teste eu o contrato.

Tenho os três maiores programadores de iPhone no país. Eles preparam aulas e as ministram aos demais funcionários”, revela.

Uma das razões para que o “canudo” caísse no conceito de muitas empresas é que os cursos superiores de tecnologia não conseguem acompanhar as necessidades do mercado.

“Até percebo algum foco para jogos em alguns cursos universitários, mas na parte de aplicativos não há nada”, reclama o gerente sênior de Marketing de Produtos da Motorola.

Para Renato Arradi, o profissional que pretende desenvolver aplicativos móveis deve ter em mente que não basta só fazer uma faculdade. “Nessa área, ele será medido pelo desempenho, pela qualidade da aplicação. Deve ser uma pessoa interessada e entender de programação. A programação desenvolvida e colocada numa loja de aplicativos, caso se torne um sucesso, vira um ótimo cartão de visitas, com vistas a oportunidades de emprego”, afirma o executivo, que acrescenta: “na web tem material farto e gratuito sobre desenvolvimento de plataformas móveis”.

Arradi aposta que a popularidade dos celulares inteligentes irá alavancar ainda mais o mercado para desenvolvedores de aplicativos móveis. “Hoje, um dos diferenciais das plataformas é que elas dispõem de grande oferta de aplicações. O segmento de smartphone é o que mais cresce. Está mais acessível ao público, que procura por boas aplicações”, finaliza.


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